A União Europeia (UE) reiterou a necessidade de que o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela torne públicas as atas das eleições presidenciais realizadas em 28 de julho. O alto representante da UE, Josep Borrell, destacou que as autoridades do país não apresentaram as evidências necessárias para uma avaliação adequada dos resultados, que proclamaram Nicolás Maduro como vencedor com 6,4 milhões de votos, enquanto seu concorrente, Edmundo González, recebeu 5,3 milhões. A oposição venezuelana contesta os resultados, afirmando que mais de 80% das máquinas de votação indicam que González foi o verdadeiro vencedor. Em resposta, a UE intensificou a pressão por maior transparência e não reconheceu a certificação dos resultados feita pelo Tribunal Supremo de Justiça, levantando dúvidas sobre sua imparcialidade.
Borrell enfatizou que apenas resultados que sejam completos e passíveis de verificação serão aceitos. María Corina Machado, uma das principais figuras da oposição, solicitou que a comunidade internacional reconheça a vitória de Edmundo González. O governo da Venezuela, por sua vez, classificou as declarações de Borrell como uma forma de intervenção e alegando que as atas apresentadas pela oposição são fraudulentas. Além disso, dez países da América Latina, juntamente com os Estados Unidos, também se manifestaram contra a decisão do Tribunal Supremo, pedindo uma auditoria independente.
A Organização dos Estados Americanos (OEA) protestou, afirmando que validar os resultados do Conselho Nacional Eleitoral com base na decisão do TSJ seria o mesmo que reconhecer uma fraude eleitoral. O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, declarou que aguardará a divulgação das atas para tomar uma decisão sobre o reconhecimento de Maduro.